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Principais bolhas financeiras do mundo

Você sabe quais foram as maiores e principais bolhas financeiras até hoje?

Nesse texto, vamos tratar de alguns assuntos econômicos importantes que podem até mesmo te auxiliar na hora de investir, lembrando apenas dessas histórias que vamos contar aqui.

Primeiro, você sabe o que é uma bolha financeira? 

Bolha financeira é o nome dado à uma situação em que os ativos são negociados a um preço extremamente acima do seu valor real. Então o que acontece é que, quando as pessoas já não conseguem mais comprar esse ativo, eles não são mais comercializados com tanta facilidade, ou seja, perdem liquidez e os preços logo despencam bruscamente.

Porque isso acontece?

Bom, sabemos que a especulação financeira é algo natural e é o que move o mercado financeiro hoje, originando valorizações e desvalorizações. Basicamente, uma bolha surge da especulação financeira de várias pessoas juntas, ou seja, um movimento em massa mesmo que esse não seja um movimento racional.

Então mesmo que essa valorização de um ativo não tenha tanto fundamento, várias pessoas reproduzem o ato de comprar simplesmente pelo fato de outras pessoas estarem comprando.

Por exemplo, se há uma ação que fica famosa pela sua valorização, surgem especuladores que vão comprar essa ação mesmo sem ter outros objetivos sobre ela, mesmo sem estuda-la por completo e ter certeza de que a empresa poderá de fato pagar seus acionistas no futuro. Visam somente o lucro. 

A queda brusca dos preços

Já a queda de preço, que também é brusca, ocorre quando as pessoas começam a perceber que o valor cobrado não é exatamente o valor real. Essa valorização exorbitante não se justifica e ocorre o efeito inverso, então todos passam a ter mais medo de perder dinheiro e começam a vender seus ativos desesperadamente o que intensifica ainda mais a queda dos preços.

Isso lembra algo? Sim.

A lei da oferta e da demanda. Começa a haver uma alta oferta, percebido que os ativos atingiram o seu preço máximo, e agora ninguém mais tem poder de compra para tal produto.

Quando há uma larga oferta, a tendência é de que os preços baixem e as negociações sejam cada vez mais baratas, porque é mais importante vender por menos, no desespero, do que ficar com algo supervalorizado que possa chegar a valer 0$ em suas mãos algum dia.

Abaixo, listamos algumas das principais bolhas para você entender como esse movimento sutil e traiçoeiro ocorre na economia:

Bolha das Tulipas 1593

A bolha das tulipas é considerada a primeira bolha financeira mundial. Toda essa história começou na Holanda no século XVII quando diversos moradores passaram a especular financeiramente tulipas exóticas que eram vendidas a preços mais altos.

Visando enriquecer, as pessoas vendiam até mesmo suas casas para “investir” em tulipas exóticas que se valorizavam mais que os imóveis e com mais frequências, até que ninguém mais tinha poder de compra para bancar tulipas tão caras que não tinham fundamento algum, então a bolha estourou e chegou ao fim pela falta de compradores.

Quem tinha tulipas tinha um valor imenso acumulado, porém imobilizado porque ninguém mais conseguia vender. Quem comprou tulipas quando os preços já estavam altos e não venderam antes, acabou ficando ainda mais no prejuízo.

Crise de 1929

A crise mais famosa da história de Wall Street foi originada por uma onda especulativa no mercado de ações, ativos de empresas negociadas na bolsa de valores americana.

Até que em 24 de outubro de 1929, esses mesmos ativos que vinham se valorizando, caíram bruscamente e fizeram com que a bolsa de Nova Iorque chegasse em colapso.

Foi aí que empresários e investidores chegaram até a se suicidar, tamanha a perda que tiveram. Muitos se sustentavam apenas dos investimentos especulativos e milionários que faziam.

Assim como as outras bolhas, a crise se alastrou em efeito dominó e teve reflexos pelo mundo inteiro, ocasionando uma crise econômica mundial.

Bolha da Internet 1995

A bolha da internet começou com o surgimento de empresas de tecnologia e websites que ficaram famosos na bolsa de valores dos Estados Unidos. O que aconteceu foi que a tecnologia se desenvolveu muito rapidamente e essas empresas desenvolvedoras acabaram conseguindo se inserir na bolsa de valores para terem seus ativos negociados a preços mais altos.

Mas, é importante lembrar que, as pessoas não tinham redes sociais, nem conhecimento suficiente e nem muito acesso à tecnologia naquela época, o que não daria aos investidores o lucro esperado por essas empresas.

Era necessário que as pessoas acompanhassem esse processo para que pudessem consumir com mais facilidade esses produtos tecnológicos e darem o retorno na mesma proporção que essas tecnologias se desenvolvessem.

Resumindo, as pessoas não consumiram o esperado e diversos investidores que apostaram nessas “empresas.com” acabaram ficando no prejuízo. 

Crise Americana de 2008

Uma das últimas grandes crises, foi a crise de 2008, muito ligada ao ramo imobiliário e aconteceu porque muitos americanos, visando aproveitar oportunidades de mercado, passaram a se endividar cada vez mais para comprar suas casas. Os bancos, por sua vez, acabavam aglutinando todos os financiamentos feitos pelos compradores e empurrando isso aos investidores.

O que aconteceu, é que a crise econômica se agravou cada vez mais e, os compradores desses financiamentos, já não conseguiam honrar suas dívidas, visto que tinham pessoas com até 2 financiamentos a serem pagos e pouca renda para suportar essas dívidas.

Isso tudo ocasionou um efeito que fez com que os investimentos não retornassem em lucros para os investidores, causando muitos danos aos próprios investidores, aos bancos e aos vendedores que não poderiam mais receber o dinheiro do imóvel vendido.

Além disso, contamos os compradores, que estavam falidos sem conseguir pagar pelo financiamento que fizeram. Ninguém pagou ninguém e a crise explodiu, chegando até ao Brasil e ocasionando um período de recessão econômica.

Pega a visão:

A lição que obtemos é que, nem sempre, algo supervalorizado pode ser um bom negócio. Todas as bolhas seguem um padrão, se iniciam e terminam da mesma forma trágica.

O que é possível fazer para se livrar de estar alimentando uma bolha e posteriormente encontrar-se em prejuízo é estudar!

Estude o investimento que quer fazer até se cansar. Não invista apenas visando o lucro rápido. Pense no desenvolvimento, no crescimento e na preocupação que aquela empresa tem em honrar as suas obrigações com os acionistas.

Uma empresa que visa se valorizar sem desenvolver sua operação provavelmente será uma empresa falida.

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