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A Exclusão Social Persiste

Se olharmos historicamente é claro que a diversidade ganhou espaço e algum respeito na sociedade. Já não existe um regime Apartheid, temos um evento social oficial para o público LGBTQIA+, que é a Parada Gay, a mulher entrou para o mercado de trabalho, temos leis para “proteger” esse público (contra preconceitos raciais, homofóbicos…).

Antes de mais nada, vamos esclarecer: em primeiro lugar, dizer que a diversidade ganhou ‘algum respeito’ significa que ainda existem ataques cruéis – tanto físicos quanto psicológicos – direcionados a essas pessoas; em segundo lugar, leis que “protegem” – entre aspas – significa que existem, mas que não impedem os ataques que estamos cansados de ver no dia a dia e nos noticiários e tampouco tem diminuído, como o emblemático caso do norte-americano George Floyd golpeado e morto por ninguém menos que policiais ou, mais recentemente, do congolês Moïse Kabagambe espancado até a morte num quiosque do Rio de Janeiro. Ou seja, ainda estamos muito distantes do mundo ideal, onde o que prevalece é o respeito!

Mas, vamos nos ater ao mercado de trabalho e mais especificamente aos cargos de liderança.

O relatório Consumer Culture Report mostra que os consumidores preferem comprar marcas alinhadas aos seus valores e quando algo fere algum deles boa parte das pessoas tende a boicotar a marca. Em um mundo onde a diversidade é crescente é fácil prever a perda que grandes empresas podem sofrer se não adotarem a inclusão como algo orgânico. Empresas que ainda resistem à contratação dos diferentes públicos tendem a ter um mindset estagnado, é mais do mesmo.

Ter em mente que uma marca deve se posicionar cuidadosamente no mercado, a fim de não desvalorizar nenhum público, é importante. Porém, se a empresa não adota uma liderança diversa o risco de errar é muito maior! Afinal, uma boa salada de frutas não é feita só com maçãs, é preciso um pouco de cada sabor para agradar o paladar.

É urgente uma mudança cultural nas organizações para que esse movimento da inclusão se torne orgânico. Já não é mais um papel do RH somente, mas de todos os líderes! Os gestores são os responsáveis por criar ambientes seguros e diversos para seus times. Quando há exclusão da minoria, há um desengajamento, desmotivação, a exclusão machuca. A prova disso é o estudo que a Mckinsey Delivering through Diversity fez reforçando o vínculo entre diversidade e desempenho financeiro, existe um impacto direto e relevante.

Quando falamos sobre tornar a contratação algo orgânico significa tornar a inclusão algo comum e não uma ‘exceção à regra’. Todos são seres humanos e capazes, mesmo aqueles que não foram agraciados com a melhor universidade. Existem talentos escondidos na diversidade e que infelizmente não são aproveitados por ainda prevalecer a mentalidade cega.

Então a nossa dica de ouro é: abra os olhos!

Temos um leque muito maior de profissionais se considerarmos TODOS eles! Sejam gays (LGBTQIA+ no geral), mulheres, negros, índios, ruivos, albinos, muçulmanos, judeus, católicos, africanos, pessoas acima de 45 anos, com outros sotaques, outros costumes, outras ideias, todos! Só somos capazes de aprender e crescer verdadeiramente quando nos abrimos ao que é diferente de cada um de nós.

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